Aviso de ausência de Ema Machado
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O que sou eu?
Grão de areia que na poeira do caminho se perdeu?
A lágrima que não caiu, sorriso que não saiu
Palavra que não mais se fala, pois doeu...
O que sou eu?
Fruta que muitos veem e ninguém colhe
Poeira na soleira da porta...
Brisa que ninguém sente
Flor sedenta, quase morta e não há quem molhe
Não sei o que sou, mas, sei quem sou...
Sou, a anedota que ninguém mais riu
O tapete no meio da sala
Um passado que quase partiu
Restou só a mala
Foto antiga que na parede a profana
Ninguém a quer ou ama
Sou velhice, demente e insana...
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de setembro de 2020 17:47
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários3
Lindíssimo!
Talvez ainda não nos compreendemos em nossa plena essência, mas a poesia ainda que triste revela a grande poetisa...
Abraço
Obrigada, pela leitura e gentil comentário. Abraço
Bravo, amiga Mari!
Muitas vezes, nos vemos assim, sem saber ao certo o que pensam que somos. Até a gente mesma dúvida do que é, em certos momentos.
Os versos são tristes, porém de uma beleza ímpar.
Tenha uma boa noite, meu abraço!
Obrigada, querida Edla. Sempre com gentis e sensatos comentários. Abraço
Nostalgia que revela neste poema profunda sensibilidade e beleza
em estágios de nossas vidas.
Bravo nobre Mari.
Abraços.
Obrigada pela leitura e apreciação, Corassis. Grande abraço
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