Luto contra meu lado avesso,
lado obscuro cuja matriz desconheço,
mas,estranhamente,o aceito
sem ele me diluo,me liquefaco.
Dele tento fugir,mas sem ele
não poderia existir:onde há luz
a sombra sempre se imiscui.
Para poder comigo co-existir
fiz um pacto: deixo fluir!
Aceitei- me luz e sombra
para poder subsistir.
E quando o peso da sombra
ameaça meu devir,
curvo o dorso,mas o interruptor
não desligo.
Assim encontrei o equilíbrio
o lusco-fusco é meu abrigo
e dele,tornei- me bom amigo.
7.09.2020 Maria Dorta
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 7 de setembro de 2020 18:14
- Comentário do autor sobre o poema: Aprendendo a versejar
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 54
Comentários8
Pois é, poeta. Vivemos aqui num verdadeiro lusco fusco entre o positivo e o negativo.
Por isso estamos aqui na terra, penso eu, para tentar em várias experiências ver a luz, pois que não existe escuridão e sim a falta dela, da lu.
1 ab
Grata,Mestre ,sempre aprendendo convosco!
Maria Dorta, estou lendo seus trabalhos.
Abraços.
Uma grande honra que me faz,amigo poeta!
Mais uma obra que admiro, querida Vitória.
Creio ser essa vida isto mesmo, uma eterna busca pela luz que a tudo esclarece.
Bom domingo, meu abraço
Equilíbrio que todos nós buscamos ... Amei versejar sua poesia, Maria Dorta... Belissíma! Gratidão!
A honra foi toda minha. Humildemente agradeço,!
Caríssima Maria Dorta, docente poetisa que fica charmosa em manto de modéstia...
Lindos versos que nos faz refletir sobre quem somos... Reconhecendo nossas sombras encontramos a realidade da nossa própria essência, favorecendo lançarmos luzes onde haja escuridão...
Abraço, amiga poetisa
Maria Vitória Dorta, seus escritos são demais. Vale a pena ler de novo. Sou fã da sua obra poética.
Beijos carinhosos na poeta e amiga.
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