FEITIÇO DE AMOR
Uma rosa perfumou minha existência.
Cultivada por quatro anos, ela adquiriu viço e beleza...
Com o tempo, foi perdendo a cor e a essência.
Rainha sem ornamentos foi perdendo a realeza...
Você foi esta rosa perfumada...
De dia foi alva e delicada,
Mas, após a noite, no raiar de nova madrugada,
Perdeu a brancura. Ficou rota, amarelada,
E aos poucos desfolhou despedaçada...
Entretanto, por mais que a rosa se esfume,
Por mais que perca o brilho, a beleza e o viço,
Por muito tempo fica ainda o seu perfume
Impregnado, qual engenhoso feitiço...
Nelson De Medeiros
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline) - Publicado: 5 de setembro de 2020 09:52
- Comentário do autor sobre o poema: A vida é uma constante procura do amor maior e da felicidade. Todos buscamos isto mas, pouco fazemos para merecê-la.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 31
Offline)
Comentários5
Reflexivo como o próprio Amor (que já um feitiço por criação)! paz e bem poeta !
Valeu companheiro das letrs.
1 ab
Ainda bem que do defunto amor,o perfume perseverou e ao poeta inspirou!Bravo!
Pois é isso poetisa. Todo amor que foi bom e que se acaba deixa rastros, não ahca?
1 ab
Sim. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E a sua se agiganta mais e mais...
Poemas de amor tem poder !
Principalmente quando versado por grandes poetas, como o nobre
Bravo Nelson!
Abraço.
Poema muito rico.
Tem amor que realmente deixa marcas como se fora coisa não natural.
Mas se for voluntário ou feitiço, o que importa é que gera no poeta, poesia muito sensível.
Tenha um bom domingo, meu abraço
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