Marcellus Augusto

Um poema não correspondido

Não tenho coragem para falar, por isso prefiro escrever

Como eu sou louco por você

Todos os dias penso em ti

Todas as noites lembro do teu sorriso.

 

De dez pensamentos que passam pela minha cabeça

Oito são sobre você e os outros dois tentando te esquecer

Eu escrevo sabendo que você nunca lerá esse poema

E caso contrário, nem passará na sua mente que esse poema é para você.

 

Você é tão bela, tão carinhosa, amável e afável

Você encontrou valor em mim, quando eu não enxergava nada

Você me deu conselhos, quando ninguém poderia me ajudar

Você me abraçou, quando eu me sentia sozinho e desanimado.

 

Escrevo os meus versos declarando os meus sentimentos por você

Que eles sejam as testemunhas do que sinto

Talvez, nem tenha passado pela sua cabeça os meus sentimentos

Eu não falei, porque tive medo de não ser correspondido.

 

Ou talvez, o meu medo fosse de ser correspondido

Sim, de escutar que você também gostava de mim

Medo de achar que alguém como eu

Tivesse uma mulher tão espetacular ao lado.

 

Mas, nesse momento que eu escrevo esse poema

A realidade me derruba e me mostra o que eu não queria enxergar

Talvez, tudo isso seja infantilidade minha e esse amor nunca se realizaria

Talvez, isso fosse ilusão da minha cabeça e não tenhamos nada em comum.

 

Então, quando penso isso, o meu coração se entristece

E como alguém que recuperou a visão, percebo toda a realidade

A minha paixão não passa de ilusão, no fundo sou apenas um infantil

Jamais serei amado por ti, e tu jamais saberás o que senti por ti.

 

Então, eu acordo e percebo que talvez você nem se lembre de mim

Dentro de alguns meses, nem lembrará mais do meu rosto

Em poucos anos, nem lembrará do meu nome

E todas as suas lembranças serão vagas sobre quem sou.

 

Eu, porém, talvez eu não te esqueça ou talvez sim

Todavia, deixo esses versos como prova de uma declaração que nunca fiz

A prova que nunca foi apresentada aos tribunais

A testemunha que não apareceu e a paixão que nunca se revelou.

 

Prefiro guardar as boas memória que tenho de ti

Do teu perfume, da tua pele macia, do teu sorriso

De abraçar o teu corpo moreno e sentir o teu calor

Agora, o que tenho são lembranças e sentimentos

E o que me sobra é escondê-los nos porões do meu coração.

  • Autor: Místico (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Setembro de 2020 00:56
  • Comentário do autor sobre o poema: Hoje, preferi escrever um poema sobre amor, paixão, um poema não correspondido, uma declaração não falada, uma história de amor jamais contada. Falar de um futuro que talvez não poderia acontecer ou talvez sim, só Deus saberia o que poderia acontecer. Escrevo cheio de limitações, mas com carinho.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 13

Comentários2

  • @(ND)

    O amor e a utopia... Bela declaração poética!

  • Nelson de Medeiros

    O poeta aqui exalta a figura feminina mais perfeita e que no fundo, ele sabe que é utopia. Penso que expressa através destes versos o desejo de ter um amor sincero e puro e que não teve ainda nesta vida.
    Transparece sua timidez em não se abrir, talveez, com muma mulher comum.
    1 ab



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