ACABOU DE NASCER UM POEMA

Arthur Santos

ACABOU DE NASCER UM POEMA

 

distraidamente,

a velha caneta começa a esculpir as palavras.

lentamente,

como que às apalpadelas

e o papel atreve-se a sorrir

para elas.

 

a certa altura,

não é certamente assim que se faz literatura,

páro e leio o que está escrito

mas não grito,

não comento,

não falo.

algumas palavras voam com o vento,

outras continuam no papel.

eu continuo impenetrável.

 

distraidamente,

a velha caneta continua a esculpir as palavras.

a certa altura, de repente,

pára.

 

está a acontecer!

não quero prisão nem algema...

acaba de nascer um poema!

 

Comentários +

Comentários6

  • Nelson de Medeiros

    Cinco ***** pra ti, nobre poeta! 1 ab

    • Arthur Santos

      Caro poeta Nelson, agradeço as 5*.. obrigado!

    • Rosangela Rodrigues de Oliveira

      Pra mim é nota 10. VECÊ CELHOÇO MIS.

      • Arthur Santos

        Obrigado Rosagela pela nota 10 🙂

      • MAYK52

        Descreve com perfeição poética, como nasce um poema.
        Excelente sem dúvida. Parabéns!

        Abraço.

        • Arthur Santos

          Agradeço o comentário poeta!

        • Edla Marinho

          Muito interessante! O poema insiste em se eternizar, não é?
          Gostei muito, meu abraço!

          • Arthur Santos

            Muito obrigado Elda.
            Sim a poesia é eterna!

          • adrya

            Linda escrita e muito profunda! Inspiração.

          • Apegaua

            Bravos poeta.
            Uma linda construção poética
            Gostaria que com esse comentário.
            Falasse em nome de todos os que curtiram,
            Minhas congratulações.
            Apegaua

            • Arthur Santos

              Muito obrigado pelo simpático comentário!



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