Um brevíssimo segundo

Raphael Nery

Num sopro viveu

Vacilante respiração

No mesmo ar cresceu

Vindo, gastando-se

 

Um segundo depois

Lágrimas, risos e bebidas

Perdão, penitência, recaída

Ainda, no mesmo sopro

Doença, clamor, fogo

 

No mesmo ar, inexistência

O vivido agora sem sentido

Ao findar da única expiração

No cutelo da morte

Contemplar o sopro que um dia veio

  • Autor: Raphael Nery (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de agosto de 2020 21:56
  • Comentário do autor sobre o poema: Diante de algumas situações trágicas ocorridas ultimamente, convém lembrar-nos da brevidade dessa vida, para esperançar a transcendência.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 38
Comentários +

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Boa noite, poeta.

    De fato, deveriamos sempre nos lembrar da fugacidade desta vida.

    1 ab

    • Raphael Nery

      De fato! Damos até mais valor ao breve vivido aqui! Obrigado pelo Feedback!

    • Maria dorta

      É isso: um dia,cai a cortina e a vida termina. A muitos desatina!

      • Raphael Nery

        Ótimo fechamento!!!

      • Cecilia

        Raphael, muito bonito e bem feito, bom de ler e sentir a tensão inquetante do poema. Afinal, não é essa uma função da poesia: desacomodar o leitor?

        • Raphael Nery

          Muito obrigado pelo feedback! Fico feliz em saber que o poema cumpriu sua vocação, desacomodar o leitor! 😀



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