Desafia-me a própria lucidez
Além do contraste das minhas sombras!
Apego-me ao tempo e ele de mim foge
Incompreendido, incompreensível...
Estendo a mão à altura e ela me desouve
E me escarnece inatingível...
O horizonte ao longe se mantém distante
Inalcançável por qualquer caminho
Ignora esguias estradas e o destino
Mas reverencia o meu olhar fixo ao longe...
Resta-me o chão que me abraça os passos
Em desapego, acolhe as minhas raízes
Chão firme, terra preta ou de outras matizes
Ajuda a me encontrar através dos meus rastros
Encoraja-me asas, sem receio de me perder
Sustenta as vias do ir e do voltar...
Sem a humildade do chão não iria saber
Que toda senda começa com o valor
E a proximidade do primeiro passo
Mesmo o caminho que nos eleva ao espaço
Ao desconhecido ou que nos revela o amor
Amor, esse recanto onde guardo o afeto
Vejo uma luz que não vai se apagar
Iluminando o percurso por onde vou
E vejo as sombras dizendo quem eu sou
Não permitindo me perder no trajeto:
Eis a própria lucidez a me desafiar
E ao mesmo instante me guiar!
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 24 de agosto de 2020 20:35
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
- Usuários favoritos deste poema: Escritora Bruna Laís Amaral
Comentários3
Boa noite, poeta.
Elogiar teus textos é cair no lugar comum.
1 ab
Muito obrigado, Nelson!
Abraço, meu amigo
Gostei muito! Reflexão interessante sobre a lucidez, que nos ensina os passos e os grandes voos!
Obrigado, poetisa, pela leitura e gentil comentário! É um incentivo!
Abraço
Que profundo.Amei as nuances sobre a lucidez nas suas palavras!
Obrigado, poetisa!
Fico muito feliz com seu comentário.
Abraço
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