Thais Sousa

Para o mundo que eu quero descer

Estacionar

Estagnar

Parar num lugar

Demorar-se

Fazer estação

Mudaram-as

As ações subiram

Desceram

Nada mudou

Estacionou

Tudo é outro

Novo é tudo

Faço as mesmas coisas, mas agora diferente

O invisível assusta

Mata

Estacionamos

Pairamos sobre o ar, na esperança de nos salvar

O relógio não parou

Decorreu rapidamente

Amanheceu

Anoiteceu

Mas não floriu a paz

Está tudo e todos ao contrário

O novo do novo

Tão vetusto quanto minha vó

Já não sei qual é o meu avesso

Muito menos o meu normal

Já me perdi no meu EU

Encontrei outro EU

Me transformei no tempo a esmo

Nadei em cada respirar rumo a tanto

O desfecho disso…amanhã, talvez, saberei

Enfim, Balizei-me. ©

  • Autor: TSS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Agosto de 2020 15:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 27
  • Usuário favorito deste poema: Luiz Rossini.

Comentários4

  • A.J. Cardiais

    Você acompanhou bem a rapidez da vida hoje: tudo tecnológico, tudo falso, tudo de "Plástico", como o poema de Carlos Hades. Abraços

    • Thais Sousa

      E nessa linha tênue, apenas somos.

    • Nelson de Medeiros

      Boa tarde menina poeta.
      De fato, com toda a razão seus versos.

      1 ab

      • Thais Sousa

        Boa tarde! Somos em versos esse estacionar pelos dias.
        Abs.

      • Menino e a Lua

        Thais, adorei a forma com que escreveu e deu sentido a idea que o seu poema traz. Me fez pensar em todas mudanças que a existência por si só nos faz.

      • Thais Sousa

        Em completa mudanças sempre. Obrigada.



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