Nas dimensões do tempo

Hébron

 

Enquanto isso, nessa hora que não vivi
Além do passado em que morri
Na luz do futuro nasço
Já no crepúsculo, no ocaso
Do recomeço de um fim
Distante o presente de mim...

Onde estava quando mais lhe quis?
Nas dimensões do tempo em que de mim se esconde?

Enigma é o manto que lhe cobre a nudez
Entorpece-me a compreensão
Pavimenta a estrada da minha imaginação
Que decifra seus contornos com ou sem malícia
Alisando-lhe em carícia
Alcançando em toque essa abstração fugaz
Nesse tempo fantasia que me apraz...
Loucura talvez

Encontro-lhe onde?
Nas dimensões do tempo em que de mim se esconde?
Onde estava quando mais lhe quis?

Minha alvorada longe das tantas idas
Além do deserto da noite madrugada
Alcançarei em quantas vidas?
Em quantas mortes?

É minha criação na eternidade do céu em cada amanhecer...
É o raio do sol de todos os amanhãs
É o embalo sempre que me vê nascer
É o beijo de saudade do mesmo entardecer

Enquanto isso, nessa hora que não vivi
Além do passado em que morri
Na luz do futuro nasço
Já no crepúsculo, no ocaso
Do recomeço de um fim
Distante o presente de mim...

 

  • Autor: Hébron (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de agosto de 2020 19:56
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31
Comentários +

Comentários2

  • Nelson de Medeiros

    Boa noite poeta. Muitoooo bom... Nasceremos e viveremos tantas vezes quantas forem necessáiras, penso eu.

    1 ab

    • Hébron

      Pensamos nós!
      Obrigado pelo sempre gentil comentário.
      Abraço

    • Ema Machado

      Sim, renascer é preciso. Reinventar-se e ser cada dia mais consciente de nós mesmos. Lindos versos, Hébron. Parabéns, sempre primorosa tua escrita. Abçs

      • Hébron

        Muito obrigado, Mari!
        Seu comentário é um incentivo, poetisa.
        Abraço



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.