Edla Marinho

ESTRANHAS MEMÓRIAS

Eu sei...
como eu sei, não sei!
Mas te vi num passado que não vivi
Nas auroras a que sobrevivi
Nas tardes lânguidas a beira mar
Nas noites frias , sem luar
Nas insones madrugadas
De lágrimas encharcadas
E nos pingos da chuva na vidraça
Desenho teu vulto na praça
Eu te vi numa estranha saudade
Que me rouba a sanidade, eu te vi
Como se sempre estiveras aqui...

Eu sei...
Como eu sei, não sei!

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Agosto de 2020 12:49
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 56

Comentários7

  • Nelson de Medeiros

    Boa tarde meiga poeta.
    Lindos são teus versos. Tema palpitante que envolve muita filosofia e ciência da existência da humanindade. Deveras sentir saudades do que não se lembra, de lugar que não se conhece e de apego a pessoas que se vê em um simples momento são fatos cotidianos que nem todo mundo se aventura em lidar....


    1 ab

  • Edla Marinho

    Pois é, amigo poeta, são coisas um pouco misteriosas... obrigada pela leitura e a gentileza no comentário. Um abraço.

  • Ema Machado

    É, as vezes também tenho essa mesma sensação... Belo demais. Abç

    • Edla Marinho

      Acho que acontece com muita gente. Obrigada por comentar. Um abraço

    • Ernane Bernardo

      Belo poema poetisa, me fez lembrar de "Sócrates" "Só sei que nada sei"!

      Abraços!

      • Edla Marinho

        Obrigada, poeta, que bom que gostou. Um abraço

      • Shmuel

        "Memorias estranhas" e tão bem externada, neste lindo poema.
        Boa noite poeta.

        • Edla Marinho

          Boa noite, poeta , obrigada pela leitura. Que bom que gostou.

        • Shmuel

          ..."Eu sei...
          como eu sei, não sei!"...

          Parabéns Edla como é gratificante ti ler.
          Suas poesias são muito bem construídas.

          Abraços!

          • Edla Marinho

            Obrigada, Shimul.
            Seu comentário me enche de alegria e incentivo.
            Meu abraço!

          • Hébron

            Um poema breve e agradável, com ritmo e sonoridade.
            Só sei que gostei!
            Abraço, Edla

            • Edla Marinho

              Que bom que gostou, amigo Hébron!
              A gente escreve quando a inspiração bate e externar faz bem à alma. Mas é muito bom quando os versos agradam. Meu abraço!



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