Edla Marinho

ESTRANHAS MEMÓRIAS

Eu sei...
como eu sei, não sei!
Mas te vi num passado que não vivi
Nas auroras a que sobrevivi
Nas tardes lânguidas a beira mar
Nas noites frias , sem luar
Nas insones madrugadas
De lágrimas encharcadas
E nos pingos da chuva na vidraça
Desenho teu vulto na praça
Eu te vi numa estranha saudade
Que me rouba a sanidade, eu te vi
Como se sempre estiveras aqui...

Eu sei...
Como eu sei, não sei!