CONFISSÃO

Nelson de Medeiros



CONFISSÃO 

 

Por que teimas em negar-me teu amor?
Perguntou o poeta a sua musa;
É dele, eu bem sei, a causa desta dor
Que, sem razão a tu!alma recusa!
 
-Reconheço – disse ela confusa,
Mas, confessá-lo me proíbe o pudor,
E te quero sem pecha de pecador...
Por isso de tudo fiquei reclusa!
 
-Mas, dize tu poeta quem te contou?
Serás mago, vidente ou coisa assim?
Nigromonte que a alma pode sondar?
 
-Não! E deste  amor, o vate retrucou,
Ninguém me disse ou magia agiu em mim,
Tudo eu vi na confissão do teu olhar!

Nelson De Medeiros
 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de agosto de 2020 10:14
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 32
  • Usuários favoritos deste poema: Edla Marinho
Comentários +

Comentários7

  • Hébron

    Belíssimo!
    O olhar confesso da musa não a traiu, confissão espontânea traz benefícios, até na lei do amor...
    Abraço

  • Cecilia

    Nelson, gostei especialmente deste poema seu. Sou muito sensível ao poder do olhar. Abraço.

    • Nelson de Medeiros

      Bom dia Cecilia.

      Sempre um enorme prazer receber teus comentários.

      1av

    • Mabelly Olegario

      Gostei muito, parabéns!

      • Nelson de Medeiros

        Bom dia poeta.
        Obrigado pela interação.

        1 ab

      • Edla Marinho

        Boa tarde, poeta Nelson, que beleza de versos! Claro, o que os lábios calam, as janelas da alma confessam. Muito lindo. Um abraço.
        Ah...e a música, perfeita!! Bom ouvir música boa como essa.

        • Nelson de Medeiros

          Obrigado menina poeta.
          As tuas palavras de incentivo são sempre guardadas com carinho.

          1 ab

        • O aprendiz

          Parabens Nelson. ! Belissimo poema. Bilac igualmente versejou sobre o tema no seu ¨ Deixe que o olhar do mundo enfim devasse ...

        • Valdeci Malheiros de castro

          Sua poesia confirma de uma maneira muito bonita, Que o olhar ? o espelho da alma; parabéns !

        • CORASSIS

          Parabéns nobre poeta!
          Abraço



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.