Ernane Bernardo

Gente de Rua

 

Gente de Rua

 

Onde os olhos enxergam… 

Mas o coração não sente! 

Há um vazio… 

Na alma dessa gente! 

Seu semblante áspero 

Translúcido sem esperança 

Por longas madrugadas 

O vazio n'alma flagela. 

Possibilidade restrita 

Dilacera seu pensar! 

O sereno estala os ossos 

Na frieza da calçada. 

Só o amigo cão 

E seu olhar acabrunhado 

Se ajeita no pequeno espaço 

Aquece um pouco a alma! 

Seus olhos encharcados 

Faz o homem falar calado… 

E ouvindo sem palavras 

Seu discurso emudece 

De tanta dor o mundo esqueci.

 

_ Ernane Bernardo

  • Autor: Ernane Bernardo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de Julho de 2020 20:30
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 46

Comentários5

  • Ema Machado

    Poucos têm o olhar para esta pobre gente. Grande sensibilidade, poeta. Amei, parabéns.

    • Ernane Bernardo

      Grato por comentar poetisa, de fato é triste esta realidade, sei que as palavras do poeta variam conforme o que vem na mente, mas que um mundo abre seus para essa gente que tanto precisa!

      Abraços!

    • Maria Vanda Medeiros de Araujo

      Registro da vida real

      • Ernane Bernardo

        Grato pelo seu comentário, concordo, é o registro da vida real!

        Abraços!

      • Edla Marinho

        Bonitos versos apesar de triste. Tenha uma boa noite.

        • Ernane Bernardo

          Gratidão amiga poetisa, obrigado por comentar!


          Abraços!

        • CORASSIS

          Poema belo de uma vida triste é real.
          Parabéns amigo .
          Abraço .

          • Ernane Bernardo

            Grato meu amigo poeta Corassis, realmente essa tristeza quase infinita, dói na alma!

            Abraços!

          • Maria Lucia

            Belo poema social , apesar de retratar a realidade que campeia as ruas do nosso País. Gostei muito, Ernane !
            Feliz sexta feira !

            • Ernane Bernardo

              Grato pelo comentário, que bom que gostou poetisa Maria Lúcia, infelizmente isso não tem fim!

              Abraços!



            Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.