Quanto ao tempo e seu tempo
Quanto tempo já se fez
Que eu te vi, como tu eras
Antes de mudares de esferas
Lembro os dias que em ti fitava meus olhos
E me perguntavas: por que ?
O que foi para me olhares assim
Eu não dizia temer o fim
Eu desconversava , dizendo: não é nada
Só queria registrar você para mim
Nada há de mal em olhar você assim
Eu sentia que ias viajar
E que certamente não irias retornar
Que eu precisaria te desenhar e te patentear
Pois de ti, lembranças somente restaria para mim
E era mais forte que intuição
Um punhal dilacerava dentro do meu coração
Fazendo sangrar confuso de quem seria o afastamento afinal
Quase sempre eu a ti pedia
Deixa me deitar sobre teu peito
Como no princípio da nossa vida eu fazia
Como um travesseiro te fazias
No deleite do pós intimidade
Um cochilo ingênuo e sem vaidade
Só para vivenciar a proteção que me passava
Pois minha vida tinha, na sua, razão de ser...
Lucita Viuva Poeta 17 de Janeiro de 2025
- Autor: Lucita (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de janeiro de 2025 09:29
- Comentário do autor sobre o poema: Saudades, muitas saudades do meu Amado...
- Categoria: Triste
- Visualizações: 4
Comentários2
Divina homenagem! Você é luz verdadeira! Abraços,
Tenho transformar a dor em algo melhor...
Gratidão Amiga!
O amor é infinito e se cultivado na memória,ele sempre estará ao teu lado, nos filhos, nos belos momentos vividos. É na morte que o amor se eterniza. E você, ainda de quebra, tem a religião para te amparar. A dor? Só o tempo vai apaziguar ..
Verdade, amiga!
Gratidão!
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