Aviso de ausência de Letícia Alves
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Um mar de afogar-me caídos os olhos.
Prédios que fazem suspirar com emoção.
Às vezes, quando ficamos muito imersos no mundo, caímos no esquecimento de quem somos.
O céu está coberto de nuvens que atrasam a manhã. Atrasam o dia.
O tempo passa sem se importar. Tudo apenas passa. Sem reflexão. E eu permaneço.
A instabilidade do coração é inevitável.
A estabilidade dessa cidade é viável para os Homens.
A imbecilidade é uma série documental.
Não estando infiltrada nos dois últimos, resta-me o coração feito de tecido quente e os olhos marejados e reluzentes.
O pôr do sol cai mais cedo. E eu também.
Quero manter o olhar fora dos prédios-desertos
para poder mantê-los no meu pôr do sol, o quanto eu puder.
- Autor: Hyun (em coreano significa: iluminado) (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de novembro de 2024 17:47
- Comentário do autor sobre o poema: Dos poemas pequenos que quase não posto e ficam salvos nos meus rascunhos. Gostei muito desse. Expressa meu estado atual mais puro.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 11
- Usuários favoritos deste poema: CORASSIS
Comentários4
Acho interessante a profundidade da sua forma de escrever, a relação de si com o mundo externo, a intensidade de estar vivo.
Um texto bastante poderoso, parabéns.
Gostei ao ler os seus poemas de ver também essa mesma relação, colocada de forma diferente, senti que poderíamos conversar durante horas. A identificação é o que ressoou, penso eu.
Muito obrigada pelo elogio e complemento: toda poesia que vem da alma, d’alguma forma, é extremamente poderosa.
Deslumbrante Leticia
Bravo, abraço.
Muito obrigada, querido.
Abraços e luz!
ADOREI A ESCRITA POETA ...
MUITO OBRIGADA!!
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