NO
O último momento…
Ema Machado
Não houve um adeus
O silêncio, rasgando o coração
Tudo que recebi naquele momento
Olhares gritaram, lábios não se abriram, não houve ação
Em segundos o mundo desceu ao chão…
O orgulho é sentir traiçoeiro
Vi tremer teus dedos
Os mesmos, que tocavam meus cabelos, meus apelos…
Estarei aí, como sombra em teus pensamentos
Ouvirás sussurrar o passado, “nunca fostes, tão amado…”
Carrego-o, és a tempestade em mim. Tua lembrança transforma -me, sou nuvem carregada de saudades e da certeza de que fomos covardes. O amor não morre assim… Apenas fere. Despejo minhas águas…
Não houve um adeus
Assim, como não houve promessas
Fui a flor sem raiz, a rainha sem coroa
Cinderela em única festa
Vimos passar os anos, e no adiantado das horas
Nunca tive sequer uma seresta
Só sapatos, causando bolhas
Volto ao borralho
Entregue às cinzas de nossa louca história
Nada é, o que não podia ser
Sonhos perdidos e memórias
Me amou… Amei, amo…
Seremos um para o outro
A ferida infinita
O
cupido nunca teve misericórdia…
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de outubro de 2024 08:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários2
Belissimo poema. Saudações Poéticas
Obrigada pela apreciação e comentário. Grande abraço,
É muita elegância num poema lindo e dolorido...
Lindíssimo, Ema!
Forte abraço
Elegante é você, poeta! Sou apenas aprendiz.
Obrigada por sua apreciação. Grande abraço,
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