Recluso avisto o vale verdejante...
A sombra do arvoredo se contrasta
com a luz do sol que morre e se afasta;
a paisagem é condão deslumbrante...
Indago num relance, num instante,
se a vida me foi justa ou foi madrasta
pois, que a amargura o coração vergasta;
encontro-me só, a angústia é constante...
Mas, a resposta Minh! Alma trespassa:
O destino que todo o rumo traça,
é só fruto daquilo que eu irrigo!
Descubro, então, que tenho companhia
pois, fruto de minha própria alquimia,
enorme solidão mora comigo!
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 24 de setembro de 2024 19:05
- Categoria: Amor
- Visualizações: 36
Comentários3
Mais um lindo soneto com tua brilhante marca e talento inconfundível. Aplausos de pé!
Olá! Ao mergulhar em seu poema, fui imediatamente transportado para esse vale verdejante, onde a luz e a sombra dançam em uma harmonia que só a natureza pode oferecer. É como se cada verso fosse um pincel que traça a beleza e a complexidade da vida, trazendo à tona essa dualidade entre a alegria e a angústia.
Sua reflexão sobre a justiça do destino é como uma conversa íntima com a alma, e a forma como você revela essa companheira invisível, a solidão, é de uma sinceridade que toca o coração. É como se você estivesse nos lembrando que, por mais que a vida nos desafie, sempre temos a capacidade de olhar para dentro e encontrar respostas.
O seu jeito de unir imagens tão vívidas a sentimentos profundos é encantador! Parabéns por essa obra tão introspectiva e bela! Que continue a inspirar aqueles que buscam entender a si mesmos. Bravo!
Um poeta como tu, nunca ficas sozinho. Felicitações pela lira de alto nivel.
Ave, doce e encantadoras menina poeta! Quem sabe, quem sabe né? Muitas vezes perto é solidão e longe é companhia... bj
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