'SETEMBRO'

Vlad Paganini



SETEMBRO 

 

O corpo saudoso, trêmulo; as mãos quentes e vibrantes

A dor no peito, aguda, funda, saudade profunda

O sol no jardim, as flores brotando com seu intenso perfume

E eu aqui com saudades de mim e de ti

 

Os olhos marejados

O vento suave e macio na pele

A brisa batendo em meu rosto 

E o meu corpo ainda quente do teu corpo perfumado

Pele morena lisa que me alisa

Num sono agitado, o presente, o passado

 

Ah essa minha mente transpassada, numa angústia solene:

SETEMBRO!

 

Já não posso mais suportar a primavera!

Não posso!

Quimera!

Mas, Deus, há tanta beleza nesse azul do céu!

Será que consigo, primavera, ultrapassar seus instantes?

Será?

Ah quem me dera!

 

Vlad Paganini

  • Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de setembro de 2024 16:42
  • Comentário do autor sobre o poema: Tanta doçura naquele setembro Que carrego até hoje comigo Em cada parte da minha pele E em todas elas me recordo De outrora Do nosso último outono E de querer viver tantos outros momentos Como naquele nosso último setembro (Trecho da Poesia 'SETEMBROS' Vlad Paganini
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 40
  • Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros
Comentários +

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Ave poeta! Claro que a poesia é atemporal. E esta que você nos traz, agora, ainda que publicada antes, deve ser sempre republicada, pois poesia é pra ser reptida, sempre... 1 ab

    • Vlad Paganini

      muito grato poeta Nelson de Medeiros, a saudade é a nossa alma nos dizendo para onde ela quer voltar. abraços poéticos pra ti.

    • Lilian Fátima

      Quanta saudades cabe num coração apaixonado? Leitura imperdível. Parabéns

      • Vlad Paganini

        gratidão Lilian, exato, a saudade é a nossa alma nos dizendo para onde ela quer voltar! abraços poéticos pra ti!

      • Hébron

        Bravíssimo, meu amigo!
        Sua sensibilidade inspira e encanta!
        Forte abraço, Vlad

        • Vlad Paganini

          gratíssimo amigo poeta Hébron, grande abraço poético pra ti!



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