SETEMBRO
O corpo saudoso, trêmulo; as mãos quentes e vibrantes
A dor no peito, aguda, funda, saudade profunda
O sol no jardim, as flores brotando com seu intenso perfume
E eu aqui com saudades de mim e de ti
Os olhos marejados
O vento suave e macio na pele
A brisa batendo em meu rosto
E o meu corpo ainda quente do teu corpo perfumado
Pele morena lisa que me alisa
Num sono agitado, o presente, o passado
Ah essa minha mente transpassada, numa angústia solene:
SETEMBRO!
Já não posso mais suportar a primavera!
Não posso!
Quimera!
Mas, Deus, há tanta beleza nesse azul do céu!
Será que consigo, primavera, ultrapassar seus instantes?
Será?
Ah quem me dera!
Vlad Paganini