BIZARRICES
Não sei quando nem onde. Eu só sei que vi...
Eu vi a falsidade em vestes de anjo,
Cantava belo e tocava banjo
E encantava com sua ternura,
Vi um velho surdo a cismar baixinho
Cantarolando por todo o caminho,
Todos diziam que era loucura.
Vi o amor chorar num ombro amigo,
Vi a maldade receber castigo,
A solidão buscando um carinho.
Vi a saudade triste a suspirar,
Eu vi a lágrima a se derramar,
O rastejar de passos no caminho.
Eu vi a flor que brotou da lama,
Vi um herói refém da própria fama,
E um papagaio que dizia assim:
“Tudo o que eu quero tenho que buscar
Eu tenho asas é para voar
Se eu não fizer, ninguém fará por mim.”
(Maria do Socorro Domingos )
- Autor: Maria do Socorro Domingos ( Offline)
- Publicado: 25 de agosto de 2024 21:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 20
- Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros
Comentários1
Admirável sua habilidade com as palavras. Aplausos ?
Obrigada por suas palavras de incentivo, Lilian! Grande beijo em seu coração.
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