Mas se fico são calafrios que estremecem
e fazem delirar
mas se voo...
aí, sim, me torno completo
nem me despeço
me livrei do frio da solidão
imitarei um belo poeta:
"A liberdade mora em mim"
estou no palco da esperança
fecha a era da matança, dos velórios
eu que tenho medo de carranca
a minha representação é para viver
a vida de espetáculos e de desafios
eu amo e quero ao mundo dizer
palavras e gestos sinceros
fáceis, bem fáceis de entender
eu quero que o amor venha para ficar
o tempo me disse que a crendice nunca foi espetacular.
Eu quero beijos que unam bocas embrutecidas de silêncio
armazenados por falta de vocábulos sinceros
quero amar mesmo sentindo o fel dos tempos que ora põe no altar
dos desagrados
o tempo é uma roleta de apostas
que está sempre a girar
e não é possível que o mesmo fruto que ficou podre
vá à interpretação da alegria afetar
não quero viver de santos mistérios
pois decididamente não sou anjo para santificar a demência
da abastança do tempo frio que me livrei da agourente solidão.
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de julho de 2024 20:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Maria Ventania
Comentários2
Achei espetacular essa poesia, tão rica de imagens que nos faz viajar e daria sim uma bela letra de música!!! Parabéns ao mestre poeta. Beijão
Gratidão querida ,
Beijo no coração !
Genial tua escrita. Impressiona e leva o leitor a um mundo onde o poeta domina a ação e reação. Parabens
Gratidão nobre poetisa, por comentar!
Abraços .
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