CRENÇA
Na madrugada ao bardo tu disseste:
- Vou, mas volto, meu amor te afiança!
-Nada existe que impeça esta aliança
Que acredito ter origem celeste!
-Também creio, disse o vate inconteste,
-Não há nada que supere a esperança,
Pois como fé, é virtude que encanta,
E, dela toda minha alma se veste!
Infeliz de quem a cultiva e pensa
Ser ela a mais condescendente crença,
E que, da dor, fazer ventura possa!
A esperança é falsa, lisonjeira,
É quase ideologia galhofeira,
Pois, das crenças é que mais d!Alma troça!
Nelson De Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 14 de julho de 2020 10:13
- Comentário do autor sobre o poema: Apenas uma ilusão...
- Categoria: Amor
- Visualizações: 21
Comentários5
As crenças que temos que nos destituem de algo ou nos impulsionam a tanto...felicitações. Abraços
Poema intenso de um vocabulário rico, em versos rítmicos, muito agradáveis de ler.
Em todos os tempos, promessas de volta, foram inspiração pra muitos poetas, é continuam sendo. A sensação da espera é inspiradora. Abraço, Nelson .
Muito bom, caro Nelson!
Abraço
Apreciei este estilo poetico agradavel de ler e assimilar
Soneto de beleza e afinação incontestes.
Continue assim, grande poeta, nos deleitando! Abs
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