Ouvindo ao longe, a melodia antiga,
ressonando do afinado piano,
me revi menino provinciano
ladeado, então, por querida amiga!
Era um afeto real, doutro plano,
recíproco, sem enjoo ou fadiga,
sem qualquer mal-entendido ou intriga
e, que varava o tempo... Ano a ano!
Um dia ela se foi pra ser doutora
e, ao vê-la partir, senti sem pudor,
a invulgar inquietação que ficara!
Porém, logo a dor n!alma se escancara,
ao ver que a doce amizade se fora
mas, carregara, também, meu amor!
Nelson de Medeiros
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline) - Publicado: 21 de julho de 2024 12:15
- Categoria: Amor
- Visualizações: 159
- Usuários favoritos deste poema: Maria dorta, Melancolia..., Bela flor, LEIDE FREITAS, Lim
Offline)
Comentários5
Eternos são os amores nunca concretizados e ficam, na nossa memória , sem ranço! Adorei teu poema saudosista. Mas,amar sempre foi um privilégio, não é Mestre,? Abraços
Bom dia, minha amiga. A memória é eterna, atravessa o portal da morte, e, a cada passo que o ser humano dá para sua evolução moral, ela pode ser relembrada, sem remorsos e sem culpas. Grande abraço
Maravilhosa inspiração. Sempre um gosto a leitura. Felicitações ?
Ave, poetisa ! Que prazer imenso ver você, aqui, a comentar, sempre com propriedade singular, os desabafos de um coração que, acima de tudo, trabalha para o amor incondicional de sua alma, ainda prenhe de defeitos. Forte abraço e minha admiração de sempre.
Sou seu fã...
Abraços.
Bom dia, meu amigo. Sempre agradecido por seus incentivos; 1 ab
Delicada e romântica história em forma de poesia! Adorei!
Boa tarde, menina poeta. Sempre me envaidecem estes comentários vindos de eximios poetas como tu. 1 ab
Um lindo poema! Às vezes amor e amizade se confundem em nosso coração. É preciso perder a amizade para perceber que havia algo mais. Adorei ler-te.
Bom dia, caro poeta Nelson de Medeiros!
Ave, poeta! É verdade, muitas vezes se confundem sentimentos, máxime na juventude. Esta menina foi, de verdade, uma enorme amizade . 1 ab
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