DECEPÇÃO

Nelson de Medeiros

 

 

A decepção é como a geada

que fere a terra... Dentro d’alma ardente

é jura quebrada, é sonho latente

que se perde como água na enxurrada!

 

É doce mentira, um conto de fada,

promessas feitas ao vento somente!

O verbo fácil, suave, eloquente,

hoje é tristeza no peito abrigada!

 

Confiança é como louça partida...

Seus estilhaços cortam a alma ferida,

e o amor que era eterno, vai-se no agora,

 

perde-se na noite do desengano...

Resta, então, esquecer o leviano

e aguardar que ele surja em nova aurora!

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de julho de 2024 18:07
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 53
  • Usuários favoritos deste poema: Lim
Comentários +

Comentários5

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    Ninguém quer passar por uma decepção, é como uma punhalada. Bela poesia. Boa noite.

    • Nelson de Medeiros

      Bom dia, poeta. A decepção, às vezes, muda um existência inteira.
      1 ab

    • LEIDE FREITAS

      É uma poesia triste, mas tocante, delicada.
      Foi um prazer ler-te.

      Boa noite, poeta Nelson de Medeiros!

      • Nelson de Medeiros

        Bom dia poeta! Bom domingo. Prazer é sempre o meu ao receber teus comentários. 1 ab

      • CORASSIS

        Decepção é como lamina afiada ,!
        mas o soneto está glorioso , perfeito .
        Parabéns , forte abraço amigo.

        • Nelson de Medeiros

          Ave poeta Corassis!! Tua presença aqui é sempre motivo de grande júbilo pois, é visita de quem conhece e sabe fazer poesia. 1 ab

        • Dr. Francisco Mello

          Belo soneto, poeta. Vou comentar com um singelo soneto de DESAPEGO, tchê.

          No espelho da traição, vi refletida,
          A face da mentira, tão cruel,
          Mas hoje, a dor que outrora foi sentida,
          Transforma-se em desprezo, um novo céu.

          Não mais no coração se faz ferida,
          Nem lágrimas escorrem como um véu,
          A alma, agora livre e destemida,
          Despreza para sempre o(a) infiel.

          Que siga o(a) traidor(a) seu triste rumo,
          Pois quem amou de verdade, já não sente,
          O peso da desilusão, o prumo.

          Desapego é a força que consente,
          Que o amor-próprio renasça em seu resumo,
          E o desprezo, a cura permanente.

          Baita abraço, poeta.

          • Nelson de Medeiros

            Bom dia, poeta! Grandíssimo é o teu soneto! Perfeição completa. Lindo fecho!!!

            1 ab

          • Shmuel

            Primorosos versos, meu ilustre poeta!

            Abraços ao nobre poeta!

            • Nelson de Medeiros

              Bom dia, meu companheiro de versos. Alegria te ver em minha escriva. 1 ab



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