A decepção é como a geada
que fere a terra... Dentro d’alma ardente
é jura quebrada, é sonho latente
que se perde como água na enxurrada!
É doce mentira, um conto de fada,
promessas feitas ao vento somente!
O verbo fácil, suave, eloquente,
hoje é tristeza no peito abrigada!
Confiança é como louça partida...
Seus estilhaços cortam a alma ferida,
e o amor que era eterno, vai-se no agora,
perde-se na noite do desengano...
Resta, então, esquecer o leviano
e aguardar que ele surja em nova aurora!