Do meu interior
aforrada flui
precipitada
escorrendo na face
cheia das memórias
aos olhos saltadas
a lágrima
memórias da palavra emudecida
da vaga lembrança da infância
da indignação contida
da emoção do filho que nasce
da saudade sem motivo
do que foi perdido
em erosão do tempo
pelos sulcos das histórias
rastros que me perseguem
aforrada flui
precipitada
escorrendo na face
a lágrima
Do meu interior
aforrada flui
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2020 17:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 30
Comentários6
Bela poesia. Faz parte de toda vida, reflete os sentimentos, essa bendida lágrima, que flui.
Muito obrigado pela leitura e comentário, poetisa.
Alegra-me!
Abraço
Nasci em um temo e lugar, em que homem não chorava; bom poder chegar este tempo, em que podemos falar das lágrimas de quaisquer nascentes...
Forte Abraco, Hébron...
Obrigado, Chico!
A lágrima não pode ser represada!
Permitir chorar ativa a sensibilidade humana, alivia, lava...
Abraço
Bela e sentida poesia. Parbéns!
Obrigado, Mari! 🙂
Fizeste uma radiografia da lágrima perfeita,com tua arte revelando essa alma sensível que tens. Aplausos!
Hébron, toda lágrima é sagrada, flui de dentro para fora e todo sentir nos ajuda a crescer... ótima semana poeta menino!
Que maravilha ouvir a sua poesia na declamacão do José Fernando, e em sequência ler este belo texto.
Abraços amigo Hebron!
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