ÚLTIMA CARTA
Tu és destinatária desta carta:
Desnecessário rabiscar teu nome
E dizer de toda a dor que consome
O trovador que do sonho se aparta!
Despedida? Renúncia? Não me importa
A aparência que a realidade tome;
Tua falta será um cognome,
Pois saudade acepção não comporta!
Digo assim, sem receio: - Até breve,
Pois na roda do tempo, em algum lugar
Inda verei os lindos olhos teus;
Tanto porque sei, com certeza invulgar,
Que em dois credos a vida circunscreve:
Não existe morte, não existe adeus!
Nelson De Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2020 10:14
- Comentário do autor sobre o poema: Despedida triste
- Categoria: Amor
- Visualizações: 23
Comentários5
Que exista apenas um até breve. Belo poema. Parabéns.
Essa despedida não é daquelas definitivas ...lindo, como sempre!
Sempre bom ler seus sonetos!
Abraço
Caríssimo Nelson... por isso sou fiel usuário das reticências...
Belíssimo soneto de amor
Aplausos
Abraço
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.