SONETO DA SAUDADE INFINDA
Contemplo o mar: a cúpula azul- prateada
Reflete sobre mim sua luz infinita;
O coração, em lasso vai e vem, palpita
Tal qual as vagas vão e vêm na marulhada!
Perdido na vasta imensidão estrelada
Pergunto-me: Haverá no céu que me fita
Alguma coisa além da beleza que o habita?
Algo mais que esclareça a árdua caminhada?
Se nada mais existe que não for matéria,
A deslumbrar a vista em paisagem etérea,
Que mistério é este que a razão trespassa?
Onde nasce esta luz que me resplende agora?
De onde vem esta canção que do mar aflora,
E que saudade é esta que a minha alma enlaça?
Nelson de Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 16 de janeiro de 2024 09:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
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Comentários2
Belíssimo!
muito bom ler te poeta!
abraços amigo.
Bom dia poeta.
Gratissimo por sua , sempre esperada, apreciação
1 ab
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