Chico Lino

COLAPSO


Aviso de ausência de Chico Lino
NO

COLAPSO
Chico Lino

Entre ferros, ferragens 
E ferrugens
Muita coisa encontrei

A moral jazia enlameada
De óleo diesel maculada

Amores antigos
Entre flores plásticas
Perdidos

Que abuso
Muita honestidade
Sem uso

Crianças não estudavam
Retintas na graxa
Sem graça
Trabalhavam

Entre molas
De um roto estofamento
Lamento

Numa Bíblia
Falsamente jurada
Havia escrito indelével
Dizimada

  • Autor: Chico Lino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Junho de 2020 00:06
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 59

Comentários3

  • Hébron

    A moral jazia enlameada e a infância sequestrada...
    Abraço

    • Chico Lino

      Triste Hébron, constatarmos, que tudo que foi construído, pudesse ter um final mais apropriado, honroso, mais feliz...

      "... é triste moço, esse mosqueiro na cozinha / a corda pura, a cuia sem um grão de farinha... " Elomar... se não ouviu, procure no YouTube. Bom domingo...

      • Hébron

        \"...A bença Afiloteus
        Te deixo entregue nas guarda de Deus
        Nocença ai sôdade viu
        Pai volta prás curva do rio...\"
        Não conhecia!
        Muito obrigado

      • 1 comentário mais

      • Nelson de Medeiros

        Cara, grande poeta. Me diz: Quantos livros tu já tens publicado?

        1 ab

        • Chico Lino

          Três. Todos edição do autor; Poético ou Patético, em 1980; Voo, 82 e 2016, Sentimentos do Rio Doce...

        • Cecilia

          Chico Lino. Quardo meus amores antigos em escrínios de cristal, forrados de seda cor de malva. Que conspurcação juntá-los às flores de plástico! O que me encanta na sua escrita é a capacidade de aproximar idéias muito desconformes e com isso suscitar sentimentos e pensamentos muito valiosos. Abraço!

          • Chico Lino

            Ah, Cecilia, todos os amores deveriam de ter os mesmos cuidados; no entanto o mundo é tão díspar para cada um...
            Gratíssimo por suas sempre construtivas observações... forte abraço... bom domingo...



          Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.