Vou aos escombros da memória
resgatar a máquina de escrever Olivetti
e bater com a força dos dedos
tec tec tec tac tac tac
igual como fazia meu pai
A distância entre o ontem e o hoje
é dobrar a esquina do tempo
ficar manchado de tinta
e do outro lado do papel carbono
imprimir lembranças e me decalcar
Será que minha filha se lembra
de mim datilografando no quarto ao lado
e ela na sala brincando e ouvindo
versos com sons do século passado?
- Autor: joaquim cesario de mello ( Offline)
- Publicado: 27 de junho de 2023 17:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
- Usuários favoritos deste poema: Mariany A.N Dutra, tiagocristão, CORASSIS
Comentários4
Nostálgico poema!
Parabéns pela escrita...
E ao final, uma bela pergunta reflexiva no ar.... Tomara que ela se lembre!
Um abraço poeta!
Obrigado por ter lido. E não se esqueça que estamos fazendo hoje as memórias do amanhã
Verdade! Mais uma importante e sábia reflexão!
Gratidão!
Belo poema
Muito nostálgico
E com um ar de saudade
Como diz o escritor e poeta Mia Couto, "a saudade é uma tatuagem na alma". Valeu Tiago pela interação
Tive uma Olivetti também , poema que retrata outras primaveras !
Saudade eterna.
Parabéns meu nobre poeta.
Abraços .
Que coisa linda essa nostalgia singela!
Parabéns!!
Abraços.
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