Maria Vanda Medeiros de Araujo

Doce saudade


Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
NO

Carrego no peito uma caixa

De lembranças intactas

Que preenchem um espaço vazio

Chamado saudade,

Que as vezes transborda

Em lágrimas.

 

Cada lembrança

Tem uma cor, um cheiro, um  sabor.

Um pensamento que viaja

Que transcende 

E desencaixa.

 

O beijo ao dormir

O cafuné, 

O abraço apertado,

O chinelo quebrado

Fogão de lenha,

Cheiro de café.

 

O feijão com arroz

A reclamação.

-Nunca chegue tarde!

-Deus te abençoe.

-Veja o seu irmão.

 

Choro de alegria,

Orgulho por saber ler,

Lágrimas na despedida,

Abraços na acolhida.

-É mãe, o tempo  me fez crescer.

 

 

 

 

 

Comentários7

  • Samuel SanCastro

    Lindo texto! Senti a nostalgia e a saudade.
    Já estava com saudade de ler os teus poemas. Obrigado por compartilhar!

  • Carlos Lucena

    Nossa! Fez a saudade escorrer pelos meus olhos! Linda poesia. Me emocionei! Grande Vanda!

  • Nelson de Medeiros

    Olha teu poema está tão pefeito que senti o cheiro de café fervido no fogão à lenha.
    1 ab

  • Cecilia

    Vanda, seus textos belos e doces, perfeitos, sempre me emocionam, desencaixam alguma coisa.

  • Hébron

    Poema com sentimento de casa da gente, de intimidade e saudade.
    Abraço

  • Marcos Galvão

    È doce Mãe, coração que tem olhos! Parabéns.

  • Helio Valim

    Parabéns Maria Vanda. O seu poema é muito bem estruturado. A leitura flui com imensa facilidade. Realmente, a dor da saudade se apresenta na lembrança dos detalhes. Mas, é um momento a ser vivido e, talvez, superado. Um grande abraço.



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