Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
NO
NO
Carrego no peito uma caixa
De lembranças intactas
Que preenchem um espaço vazio
Chamado saudade,
Que as vezes transborda
Em lágrimas.
Cada lembrança
Tem uma cor, um cheiro, um sabor.
Um pensamento que viaja
Que transcende
E desencaixa.
O beijo ao dormir
O cafuné,
O abraço apertado,
O chinelo quebrado
Fogão de lenha,
Cheiro de café.
O feijão com arroz
A reclamação.
-Nunca chegue tarde!
-Deus te abençoe.
-Veja o seu irmão.
Choro de alegria,
Orgulho por saber ler,
Lágrimas na despedida,
Abraços na acolhida.
-É mãe, o tempo me fez crescer.
- Autor: Maria Vanda Medeiros de Araujo ( Offline)
- Publicado: 22 de junho de 2020 12:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 39
Comentários7
Lindo texto! Senti a nostalgia e a saudade.
Já estava com saudade de ler os teus poemas. Obrigado por compartilhar!
Obrigada Samuel. Tambem gosto muito da sua escrita que é sempre sofisticada.
Nossa! Fez a saudade escorrer pelos meus olhos! Linda poesia. Me emocionei! Grande Vanda!
Essa é a função da poesia. Provocar os sentimentos. Vc faz isso como ninguém.
Olha teu poema está tão pefeito que senti o cheiro de café fervido no fogão à lenha.
1 ab
Kkk obrigada!
Vanda, seus textos belos e doces, perfeitos, sempre me emocionam, desencaixam alguma coisa.
Obrigada querida. Você que e doce.
Poema com sentimento de casa da gente, de intimidade e saudade.
Abraço
A intenção é essa. Provocar saudades.
È doce Mãe, coração que tem olhos! Parabéns.
Parabéns Maria Vanda. O seu poema é muito bem estruturado. A leitura flui com imensa facilidade. Realmente, a dor da saudade se apresenta na lembrança dos detalhes. Mas, é um momento a ser vivido e, talvez, superado. Um grande abraço.
Obrigada!
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