Maria Vanda Medeiros de Araujo

Ninguém a me esperar.


Aviso de ausência de Maria Vanda Medeiros de Araujo
NO

O trem separa o espaço

O lado de lá

Do lado de cá.

Forte, imponente.

 E não me deixa te olhar.

 

Os segundos marcam

A velocidade do trem,

E do tempo também.

Um espaço emerge

Só te vejo entre um vagão e outro.

Breve...breve...breve...

 

O meu olhar se turva

Com a velocidade dos vagões

Agora vejo tudo cinza.

A imagem se mistura  a fumaça

E de repente

Tudo passa...passa...

O trem, a fumaça.

 

A rua volta a ser visível

Só você não está mais lá

No espaço indivisível

Ninguém para eu olhar

Ninguém a me esperar....

Comentários6

  • Wesley Prestes

    De fato o poema mais lindo e bem elaborado já lido por mim... Parabéns pela obra, grato.

  • Cecilia

    Vanda, maravilhosa essa poesia. Perfeita, nos mínimos detalhes.

  • CORASSIS

    Belo poema poetisa
    Parabéns
    Abraços

  • Maria Vanda Medeiros de Araujo

    Obrigada Corassis.

  • Roberto Valdery Teixeira Filho

    Primoroso poema! Parabéns minha amiga, mas entre uma estação e outra, algo ou alguém nos espera.

    • Maria Vanda Medeiros de Araujo

      A vida é efêmera, meu caro. Por isso devemos vencer os trens, as fumaças... e vivermos. Tudo passa muito rápido.

    • Cecilia

      Maria Vanda. Assino em baixo do que diz Wesley. E por isso procuro e procuro por você. Tentei mandar uma mensagem, vc não figura mais na lista de poetas... Onde está você, linda poeta que nos faz tanta falta? Desejo e espero encantar-me de novo com seus poemas. Grande abraço.



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