NO
NÁUSEA
Chico Lino
O professor dá aula
Ao aluno que se destaca
Em sua disciplina
A flor
A cor
A dor
O medo
E o ódio
Já acuaram
Um animal num canto
Sem saída?
Não pretendo dinamitar Manhattan
Preciso implodir
A cobra que come minério
E cospe no Rio Doce
Verdadeira serpente
Impunimente
Mente
Entorna e torna
O mundo condescendente
Quem ganha no jogo
Dá as cartas
Quando haverá sua chance
Meu irmão?
Em sorteios
A concorrência
Vai sendo eliminada
No início
Com brindes fúteis
O principal prêmio
Será para poucos
Propagandas
Enganos à parte
No logo
Das tintas Sherwin-Williams
Uma pequena lata de tinta
Cobre o globo terrestre...
Essa marca
Vinha sempre à minha mente
Nos regurgitados pileques
Juvenis
Coca-Cola e Rum
Argh,
Deuses olímpicos.
- In Sentimentos do Rio Doce, 2016
- Autor: Chico Lino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de junho de 2020 00:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 24
Comentários2
SEMPRE APRECIO O FIO FINO DA SUA PENA. SEMPRE TAMBÉM PERCO ALGUMA ESPETADA., MAS VALE A PENA.
Caríssima Cecília, nem tudo captamos de pronto; tenho o Eu Profundo e os Outros Eus, do Fernando Pessoa, desde a década de 70, sempre que abro, entendo coisas que passaram despercebidas; lógico que é somente uma ilustração às coisas que não entendemos de imediato, jamais qualquer comparação com o Bardo... forte ababraço...
Afora o instinto nato de poeta, amigo, vale a penas ler teus textos pela lisura do vernáculo e as sutilezass da crítica.
1 ab
Mestre Nelson, o que excede aos dois por cento de inspiração, é preenchido com transpiração, ou piracão; pois, segundo outro grande mestre, Dante Alighieri, \"Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados a aqueles que se mantiverem neutros em tempos de crise moral\"; vou tentando tocar o meu \"alaúde\"... obrigado, amigo, por tudo...
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