Hoje me perguntaram como estou
Penso que as pessoas deveriam inventar outra forma
de fingir que se importam
Ora bolas,
Se decido ser honesto, entedio o interlocutor
Se minto e floreio as coisas, apenas represo a dor
A dor que se encarcera cedo ou tarde se arrebenta
Coração que se desnuda pode acabar censurado
O jeito é evadir
Vou levando...
O que e para onde, quem saberá?
Contento-me, por hora, com os sorrisos amarelos
Daqui e de lá.
- Autor: Samuel SanCastro (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de junho de 2020 00:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
Comentários5
Fato! Perguntar se está tudo bem virou costume. Outro costume também responder vou levando...
Se tornou a extensão de um cumprimento, desprovido e significado e intensão.
Lamentavelmente a verdade é que ninguém mais se importa de verdade com o outro.
E nós poetas vamos lendo a realidade é transformando e beleza, lamento, elogio e crítica.
Samel, gostei do seu tema e do seu texto Noblesse Oblige...Temos que dar e tolerar os amarelos.
Tolerar os sorrisos e engolir os sapos kkkk
Obrigado pelo elogio, poetiza!
Na nossa sociedade infelizmente, a maioria das pessoas não estão se importando com o outro, são individualistas e egoístas.
Para completar, não podemos ser nós mesmo, até a maneira como devemos sentir tem regras.
Estamos vivendo em tempos de amor líquido.
Bela reflexão Samuel.
Parabéns.
É amiga... Como dizia Bauman, toda a pós modernidade é líquida.
Há quem veja beleza, eu vejo o esvaimento do que nos faz humanos.
Ainda bem que existe a poesia!
E assim anda a humanidade...
A vida deveria ser: faz o bem , não olhe a quem ...
Parabéns Samuel
Abraços
Samuel, as convenções sociais, o automatismo educado, correspondem à frieza e vazio entre as pessoas, distanciando, afastando a verdadeira gentileza, lealdade e humanidade, gerando cruel indiferença, e esses elementos contagiam o íntimo de muitos, que ficam carentes até do próprio eu...
Abraço, poeta! Abraço de verdade!
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