Harpyja

Soneto suicida

Fatos corriqueiros me lembram

Como essa existência é frágil 

Ainda que a morte não venha

Já não estou tão viva assim  

 

 

O coração até bate mas

meu sangue congela nas veias 

E qualquer sentimento que eu tenha 

Passa como o tempo passa por mim  

 

Autodidata, cordão de prata,

Pulseiras, anéis, maquiada

Eu vejo tudo se aproximar do fim  

 

Jaqueta rasgada, sandália gasta,

Eu desisto porquê to cansada 

E vejo que tudo um dia terá fim. Enfim.

  • Autor: Harpyja (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Junho de 2020 01:39
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 31

Comentários7

  • Eliseu

    Eu acho um engano achar que se pode antecipar o fim. Não existe final que não seja o natural, adiantar o fim começa uma história que a gente não pode intervir

  • Cecilia

    Muito bem escrito, conciso, bom de ler, Perfeito o arremate da última palavra.. Gostei muito.

  • Gislaine Oliveira

    Eu gostei da construção do texto e também gosto do tema, apesar de triste, sempre nos faz pensar. Obrigada por compartilhar.

  • Sidneia Oliveira

    É importante lutar antes, de desistir.
    Apesar de todas as dificuldades da vida, ela é linda, vale a pena resistir aos empecilhos.
    Quem disse que seria fácil?

  • Hébron

    Belissimo soneto!
    Carrega uma reflexão sobre a existência e a fragilidade da vida... Mas acredito que seja inalienável a nossa eternidade...
    Abraço

  • Nelson de Medeiros

    Seu soneto é triste, mas está muito bem construído.

    Parabens

    1 ab

  • AnnaBell

    Gostei Bastante.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.