Sidneia Oliveira

O capital

Na história da civilização

Vivíamos da plantação

O escambo

Servia mim, ao meu irmão

 

A industrialização

Trouxe o maquinário, o patrão

Na esteira, chão de fábrica

Me tornei operário padrão

Um robô na automação

 

Assim, a vida do trabalhador

É tecida num viés explorador

 

Para completar o abuso

Neoliberalismo aqui chegou

 

Intervenção do Estado

Na vida do trabalhador

É negativa, para esse opressor

 

Que gerou destruição

Monopolização, privatização

Desemprego, na vida do cidadão

 

Ainda idealizou

Que a pobreza é necessária

Para não causar acomodação

 

Mas sei que não

É a pobreza que alimenta

A riqueza do mangangão

 

Como acabar com a exploração

Se a Mais- valia

É carro chefe da acumulação?

Estamos perdidos irmão!

 

Sidnéia Oliveira

 

  • Autor: Sidneia Oliveira (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de Junho de 2020 10:59
  • Comentário do autor sobre o poema: Neste texto, faço uma reflexão sobre a exploração do homem pelo homem, onde a acumulação de riquezas é objetivo nessa sociedade capitalista e excludente. É o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 14
  • Usuário favorito deste poema: Ernane Bernardo.

Comentários9

  • Nelson de Medeiros

    Desde os primórdios os mais fracos são aprimidos sim. Mas, ainda guardo comigo a esperança de que tudo na vida evolui e também esta disfunção social também mudará.

    1 ab

  • Sidneia Oliveira

    Acreditamos que sim, caso contrário não teria sentido a existência.

    A esperança dá sentido aos nossos anseios.

    Abraços.

  • Hébron

    Sidneia, que poema extraordinário!
    Você trabalhou os versos com tristes verdades da moderna e mais 'democrática ' escravidão. Os fundamentos do capitalismo fazem lei da exploração.
    Afetuoso abraço, poetisa social.

    • Sidneia Oliveira

      Me sinto feliz Hébron pela sua leitura.

      Muito agradecida.

      Abraços

    • Ernane Bernardo

      Belíssimo poema poetisa, uma bela reflexão, faço minhas as palavras do nosso poeta Nelson de Medeiros "Desde os primórdios os mais fracos são aprimidos" e essa exploração ainda é vivida nos dias de hoje incubadas!.

      Abraços!

    • Ernane Bernardo

      Belíssimo poema poetisa, uma bela reflexão, faço minhas as palavras do nosso poeta Nelson de Medeiros "Desde os primórdios os mais fracos são aprimidos" e essa exploração ainda é vivida nos dias de hoje incubadas!.

      Abraços!

    • Sidneia Oliveira

      Infelizmente Hernane, mas vamos ter esperança de dias melhores.

      Muito grata pela leitura do texto.

      Abraços

    • Cecilia

      Sdnéia, parabéns , você escreve muito bem.

    • Eduardo Vieira

      Vamos acreditar em um mundo com um futuro mais justo, parabéns

    • Sidneia Oliveira

      Ah, claro, vamos manter acesa a chama da esperança.

      Obrigada.



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