Efemeridade

Estrela Azul

Ninguém sabe para onde ir
É um erro querer fugir?
Ninguém sabe, até ser tarde
Se fugir faz de mim fraca,
então sou fraca, covarde
Vivendo numa constante mudança
das minhas “certezas”
Amigos que se vão
com toda sutileza
Portos seguros tão marcantes
simplesmente
se tornam tão distantes
estranhos, assim de repente
Vida, por que és tão inconstante
Me deixas sem saber
em quem confiar
Me deixas sem saber
quem vai ficar
Tornas pessoas em cicatrizes
Fazes eu duvidar das minhas raizes
Por que fizeste as pessoas tão passageiras?
Por que tiras todos que me concedeu?
Cansada de minhas asneiras,
a vida respondeu:
Preocupa-te com isso e esquece-te que vais voltar a poeira
Preocupa- te com isso e esquece-te: passageira sou eu

  • Autor: Estrela Azul (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de junho de 2020 16:41
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 15
Comentários +

Comentários3

  • Cecilia

    Belo texto, correto, que flui fácil e harmonioso. Parabéns

  • Nelson de Medeiros

    Muito bom, poeta. Muito bom. Apreciei imensamente.

    1 ab

  • Helio Valim

    Parabéns. Seu poema expõe, de forma intensa, a questão que domina a humanidade. A efemeridade desta vida! Entendo a sua angústia, não é fraqueza, talvez, ansiedade. Um abraço.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.