Sinto saudades
é de verdade,
poder avassalador :
- Geppetto explica esta dor no
meu peito assustadora
qual cupim com fome na madeira
minha saudade não encomendada
chegou pelo Sedex 12
de primeira até a ultima dose, tomei a contra gosto ,
remédio ruim que criança faz uso oral esbravejando muito ,
ritmo melancólico , cacofonia
em meus neurônios particulares
treinados a mudanças em cada estação para serem chateados
por uma dor covarde ,
saudade ruidosa
decibéis sem dimensões
saudade canalha
raro prazer a ser descoberto
gozo profano
no leito desconjugado
saudade ditante
solidão sitiante em lençóis
maltrapilhos
solidão com a maior parte da minha felicidade:
- Geppetto, tem pena de mim
faz um coração de madeira
em permeio coloque
produtos inflamáveis
para que o lobo mal e a saudade
saibam que o coração ainda pulsa
e pode entrar em combustão !
sinto saudades
e é de verdade, dor nunca amenizada
da cidade encantada distante
esta estratagema aparentemente alegre
não combate a saudade
dos beijos daquele amor
não traz de volta os abraços
do amigo de oficio e coração
nem os abraços de meu pai
-Geppetto por favor pede pra minha fada
quero ser mais humano não!
quero voltar a ser boneco de madeira novamente
e ter o meu mundo de madeira
não quero deste mundo nem de saudades me exceder
a muito meu nariz a mentira
não faz crescer.
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de setembro de 2022 15:19
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 76
Comentários5
De madeira não é tua arte, você sabe percorrer muito bem as imagens poéticas e lançar versos caprichosos e originalissimos, provando que é formado de Luz teu coração, Deus te fez poeta e anjo!!! Beijos.
Muitíssimo original o seu poema Pinóquio. Belíssimo... Um abraço e tenha um ótimo final de semana!
Tens muito e engenho e arte neste teu poema onde impera a saudade de um tempo passado . Aplausos!
Adorei! Parabéns pela originalidade e criatividade!
um grande abraço e um feliz domingo
Saudade e a vontade de evita-la a qualquer custo. Belo poema o teu Pinóquio
Boa noite, caro poeta Corassis!
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