Despertar de hienas

Ema Machado

Despertar de hienas

Ema Machado 

 

Guardei minhas lágrimas

Também meu olhar comprido

Comedidas, minhas falas

Aguço os ouvidos…

 

Temo o ar, falta respiro

O respirar, tornou-se comedido

Andar solitário, até prefiro

Que mal acompanhado e perdido

 

Dói perceber,  a fome ronda ao lado

Enquanto hienas riem, pelo farto e bom prato…

O pobre caminha cego, deslocado

Agarra-se a qualquer promessa

Entrega-se por um trocado…

 

Ergo o olhar ao alto

Busco a fé que preciso

Aqui na terra, é moeda de troca 

A muitos, têm enriquecido…

 

Que meu clamor seja ouvido…













  • Autor: Ema Machado (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de setembro de 2022 22:38
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 25
  • Usuários favoritos deste poema: CORASSIS
Comentários +

Comentários4

  • CORASSIS

    Quem poetisa a dor do próximo tem luz e sensibilidade,
    Que o nosso clamor seja ouvido !
    Parabéns !Ema.

    • Ema Machado

      Gratidão, amigo querido! Grande abraço,

    • Maria dorta

      Sim,a tua sensibilidade da sentido e voz aos explorados nesta terra por uma corja de hienas. Poema com belas metáforas e muita sensibilidade cívica. Aplausos!

      • Ema Machado

        Gratidão, querida Dorta! Grande abraço,

      • Shmuel

        Muito bom Emarileine!
        Quando os leões descansam, as hienas e os coiotes surgem.

        Abraços

      • Hébron

        Lindíssimo e com uma sensibilidade que nos comove!
        Abraço, Ema

        • Ema Machado

          Gratidão, menino poeta! Grande abraço,



        Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.