Roberto Valdery Teixeira Filho

Colcha de Retalhos

                                                                              Para Tia  Carmelita

 

Saudade...

farta senhora dos  anos  tintos

que desbotaram no tempo

do meu presente ausente.

Saudade agora...

de uma história sem fim

que partiu  em páginas

amareladas de vida.

Saudade...

mas que saudade tola

do meu eu presente perdido

flutuando no mundo da lua

e na poeira dos sonhos.

Saudade sempre...

bolo de leite, fotografia  amarela,

casa da familia, sorriso de

criança...

colcha de  retalhos, aromas 

perdidos...

sonhos e solidão...

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: ROBERTO TEIXEIRA (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Junho de 2020 23:01
  • Comentário do autor sobre o poema: Eu o escrevi, nesses dias em que a saudade bate daqueles que amamos e que não estão mais entre nós. Para uma tia quase mãe muito querida, colorida,quase espalhafatosa, que gostava de cozinhar, de mesa mesa e casa cheias, que nas noite de lua sentava-sea porta da velha casa na rua do meio e punha-se a costurar retalhos , para distrair-se, passar o tempo e conversar .
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 26

Comentários5

  • Cecilia

    Roberto, muito bom seu texto, parabéns! A colcha da minha saudade é de crochê mas os aromas, fotos e bolos devem ser parecidos.

  • Nelson de Medeiros

    Linda, linda esta homengaem, poeta.
    Parabens

    1 ab

  • Sidneia Oliveira

    Ah! O tempo não volta, que bom a saudade para nos fazer recordar.

    Parabéns!

  • Roberto Valdery Teixeira Filho

    Bom dia Ceclia,
    devem ser parecidos sim, na vida quem nao em lembranças de uma colcha, aconchego e cuidado ...
    obrigado pela atenção.

  • Roberto Valdery Teixeira Filho



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