Vamos medir a distância.
Serão oitenta quilometros?
Muitas milhas seriam pouco
para tamanha tristeza.
E a distância no tempo?
Serão dias, serão anos?
Fossem anos, tão mais breves
que estes dias doloridos.
Há uma distância de almas.
A que cresce mais depressa,
doendo mais do que as outras.
Qualquer distãncia no espaço,
com esperança dissolvo:
Tenho sonhos, construídos
no futuro que imagino.
Qualquer distância no tempo,
com a saudade resolvo:
São tão lindas as lembranças
do passado que revivo!
Espaço e tempo são nada.
Mas a distância das almas
se vai tornando infinita.
- Autor: Cecília Cosentino (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de junho de 2020 07:10
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários4
De uma beleza sem par, menina.
Parabens.
1 ab
Nelson, muito obrigada por me ler com tão bons olhos! Alegra meu dia.
Aí, eu me emociono.
A poeta Cecília expressou em palavras doces e certeiras a saudade que trago na alma dos amores que já retornaram à Pátria de origem.
Senti a melancólica saudade de sua alma, em sua poesia, por que é semelhante a minha.
Beijinhos de luz!
Muito obrigada, Maria Lúcia
Lindo!
Muito obrigada, Samuel
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.