CORASSIS

Solidão

Deusa do meu encarceramento
Temo a primavera sem flores
Desdenho minha  companheira da  noite 
A passar horas e dores 
Chá nenhum causa melhora
Ingrata  dor fecunda
Desprazer  e nenhum sabor  !
Como pássaro  enjaulado
E o  seu canto de dor
Que tem dentro do coração
A invalidez de todas as horas
O placebo inválido para o amor
É tarde para o entusiasmado  sorriso 
Se afeiçoar  a esta  face rígida
É como a  morfina que  não vence tanta   dor
Amor não rima com o rancor
Temo a  primavera  sem flores
Triste pelas fotos empalecidas  sem cores
Que a memória detém vagamente
Deusa de tanto desconforto
Quem nesta vida não é piloto de sua própria nave  emocional
Tem destino certo  ao planeta
Solidão .

 
  • Autor: CORASSIS (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de Abril de 2022 22:54
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 50

Comentários4

  • Izabel civaz

    bravo! amigo poeta... muito bem escrito! um grande abraço.

  • Maria dorta

    Esplêndido poema,com certo grau de arrependimento e alguma dor que o faz sofredor por amor,mas um poema verdadeiro,escrito com alma e desvelo poético. Aplausos de pé!

  • Ema Machado

    Lindo e tocante. Abraços,

  • LEIDE FREITAS

    Belo poema. Um poema pleno de dor e arrependimento.
    O amor não rima com rancor... até rima, mas é tão incoerente .

    Boa tarde e feliz feriado, poeta Corassis.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.