Deusa do meu encarceramento
Temo a primavera sem flores
Desdenho minha companheira da noite
A passar horas e dores
Chá nenhum causa melhora
Ingrata dor fecunda
Desprazer e nenhum sabor !
Como pássaro enjaulado
E o seu canto de dor
Que tem dentro do coração
A invalidez de todas as horas
O placebo inválido para o amor
É tarde para o entusiasmado sorriso
Se afeiçoar a esta face rígida
É como a morfina que não vence tanta dor
Amor não rima com o rancor
Temo a primavera sem flores
Triste pelas fotos empalecidas sem cores
Que a memória detém vagamente
Deusa de tanto desconforto
Quem nesta vida não é piloto de sua própria nave emocional
Tem destino certo ao planeta
Solidão .
- Autor: CORASSIS (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de abril de 2022 22:54
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 51
Comentários4
bravo! amigo poeta... muito bem escrito! um grande abraço.
Esplêndido poema,com certo grau de arrependimento e alguma dor que o faz sofredor por amor,mas um poema verdadeiro,escrito com alma e desvelo poético. Aplausos de pé!
Lindo e tocante. Abraços,
Belo poema. Um poema pleno de dor e arrependimento.
O amor não rima com rancor... até rima, mas é tão incoerente .
Boa tarde e feliz feriado, poeta Corassis.
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