Éter

Levy

Eternamente viciado, 

Mentes corpóreas

E copos a todo lado. 

Purifique meu sistema com seu ardor, 

Embriague-me em falsas crenças, 

Roube minha alma e a todos convença 

Que no final de semana não faz diferença. 

Limpe-me de todo amor,

Coma minhas crianças

Para que seus passos tortos ,

Nunca alcancem a esperança 

E que o presente não seja uma lembrança. 

Hilário pensar 

Que o mesmo álcool que usamos pra limpar 

Remove nossos dias e a dor de lembrar 

E sem ao menos nos avisar

Consome vozes no seu eterno mar. 

 

  • Autor: Levy (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de março de 2020 01:45
  • Comentário do autor sobre o poema: Basicamente esse poema é sobre álcoolismo e sua aceitação na sociedade, mesmo com o álcool sendo uma das drogas mais destrutivas ao nosso corpo ele continua sendo comercializado. Mostrando a hipocrisia da sociedade atual e a escória da indústria alcoólica.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 75
Comentários +

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Muito boa a mensagem...

  • Adriele Bernardi

    Como consegue transmitir tão bem a dor e como age os "antídotos" dela? Já estou viciada nos seus poemas kkk Você é extraordinario Levy.

  • Levy

    Descanse em paz, Mango.



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