Você quer o meu sangue
O meu desespero
Minha ira, minha fúria
Meu titã adormecido
Quer me ver louca,
Fora de mim, sem chão
No palco das brigas
Descabelada, aos prantos
Você quer que eu diga
O que você não quer ouvir
Quer que eu mostre
O que você se esforça para ocultar
Você quer o meu sangue
O meu desespero
Meu suor ardido
Meu prazer dolorido
Quer me jogar no abismo
Me fazer perder a cor
Me perder de mim mesma
Me desgrenhar, me expor
Você quer que eu diga
O que você não quer ouvir
Que eu aponte seus defeitos
E crave as unhas em suas feridas
Você quer o meu sangue
Como tempero
Quer meu grito
Meu destempero.
- Autor: Crica Marques ( Offline)
- Publicado: 26 de maio de 2020 10:08
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 29
Comentários3
Todos nós temos momentos de destempero em nossas vidas !
Há de buscarmos equilibrar com a balança da paz .
Parabéns
Abraço
Fraterno abraço.
Um desabafo poetico que pareece ter um endereço certo.
Gostei! O jogo entre tempero e destempero no final é interessante!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.