ESQUECER É PRECISO

Nelson de Medeiros



ESQUECER É PRECISO...

 

Vi tudo outra vez... Ela na sacada,

A praia, a tarde chegando devagar

A tenda branca na areia fincada

E, as ondas vindo e voltando para o mar!

 

O amor, pensei, é como a marulhada

Em seu mister de vir e ir sem parar,

Pois, como a onda na areia molhada,

Ele deixa, também, seu rastro no ar!

 

Por isso minha terra está deserta,

Meu mar azul estertora e eu retomo

Ao meu céu escuro, sem sequer uma estrela!

 

Eu  queria esta paixão encoberta...

Não a ter em meu pensamento... Mas como

Se jamais eu me lembro de esquecê-la?

 

Nelson de Medeiros

 

 

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de janeiro de 2022 08:35
  • Comentário do autor sobre o poema: Ete soneto foi feito de uma só vez, sem qualquer correção posterior. Por isso às vezes tem versos rimados e às vezes não.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 71
Comentários +

Comentários5

  • Sergio Neves

    SERGIO NEVES - ..."esse soneto foi feito de uma só vez"...,...eu vou te contar,...imagina então se esses versos fossem mais "burilados"!...eu acredito que isso nem seria possível...,...assim já tá é bom pra caramba!...uma poesia poesia! /// Abçs.

    • Nelson de Medeiros

      Bom dia poeta.
      Gratissimo poeta. Seu incentivo é sempre marcante.
      1 ab

    • Claudia Casagrande

      Mestre em sonetos e versos pode escrevê-los sem correções, pois dificilmente existirão erros.
      Muito lindo todo o conjunto.
      um grande abraço

      • Nelson de Medeiros

        Bom dia moça poeta.

        Muito bom, sempre, ler teus comentários em minha página.
        1 ab

      • Zaira Belintani

        Que lindo, poeta Nelson Medeiros!
        Só aplausos!

        • Nelson de Medeiros

          Bom dia poeta.
          É sempre muito especial tua presença aqui
          1 ab

        • Barbara Guimaraes

          Muito bom! Lembrar de esquecer! Difícil saber! Bem assim... parabéns!

        • Soul

          Versejar encantaDor, mesmo! Brilhante!



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