VEREDITO

Nelson de Medeiros

VEREDITO

 

Por mais que eu viva e mais aprenda nesta vida,

Por mais que eu sinta e veja aqui tanta maldade,

Mais me arrepio ao constatar que esta verdade,

É vil prazer que muita gente dá guarida!

 

Por isto eu vivo numa imensa soledade,

Bem afastado desta malta embrutecida!

Mas, penso, às vezes, se é correta tal medida,

E se essa escolha é um defeito ou qualidade...

 

Haverá, depois da morte, a cobrança do mal?

E o bem que não se fez? Não será um mal igual?

Que Lei nos aguarda no mundo do infinito?

 

-Não sei... Sei que do bem que fiz algo mereço;

E, muito embora pelo mal não tenha apreço,

Do bem que nunca fiz, aguardo um veredito!

 

Nelson de Medeiros

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de novembro de 2021 09:18
  • Comentário do autor sobre o poema: Refletindo sobre o momento atual.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 41
  • Usuários favoritos deste poema: LEIDE FREITAS
Comentários +

Comentários5

  • Elfrans Silva

    Olá poeta amigo. Temos essa sensação de que a omissão do bem é digna de um castigo. Muito se lê e se fala sobre isso. Com certeza a sensibilidade da alma faça com que assim enxerguemos essa situação. Veja que no seu texto você atribui o poder de escolha. Então vc teve opções. Seu 'coração' decidiu o que fazer.
    Nem sempre faremos boas escolhas. Podemos nos preparar mesmo aqui, que a colheita um dia vem KKKk. Já ouvi muito isso. Eu mesmo colhi o que não queria rsrs. Importante é superar. Abraços fortes, amigo poeta. Boa tarde

    • Nelson de Medeiros

      Com certeza, poeta.
      Não basta não fazer o mal, há que se fazer o bem, pois a displicência disto pode custar problemas no futuro.

      1 ab

    • Edla Marinho

      Boa tarde, poeta Nelson.
      Uma boa reflexão, bem apropriada para o momento.
      Realmente, aqui ou depois virá a paga por ter feito o mal ou, até por não ter feito o bem...
      Grata por partilhar em versos essa verdade.
      O estilo( rondel) conheci através de uma poetisa no "Recanto", achei muito interessante. Na época até arrisquei a fazer um. Talvez eu tente uma outra vez, gosto dos versos livres, mas amo os estilos com regras estabelecidas.
      Aceite minhas considerações e apreço por mais este trabalho seu.
      Meu abraço.

      • Nelson de Medeiros

        Valeu, poeta.
        Este soneto diz um pouco do que penso sobre quantas vezes deixei de fazer o bem que podia.

        1 ab

        • Edla Marinho

          Creia, me fez refletir também, sobre ocasiões que me omiti quando podia ter feito.

        • Maria dorta

          Sempre brilhante,poeta Nelson! Reflexões oportunas,genuínas. Isso acontece com belas almas. Há horas que a gente se avalia e sente que ainda falta fazer mais. Fica uma luta dentro do ego...a nossa consciência vai orientando. O importante é não se omitir e você é dos que têm coração e agem. Mas,o poeta nunca está de todo satisfeito...kk Mais um golaço para tua coleção de poemas! Sempre tua fã.

          • Nelson de Medeiros

            Poxa, Maria.
            Gratissimo por tua postagem incentivadora e bondosa. Aprecio sempre os teus valiosos e inteligentes comentários.
            1 ab

          • LEIDE FREITAS

            Caro poeta que excelente reflexão. Excelente poesia.
            Também me faço as mesmas perguntas quando estou magoada com alguém ou algum fato...e, às vezes, chego a desejar o castigo...rsrsrs. Boa noite!

            • Nelson de Medeiros

              Rs.
              Não se magoe não... As mágoas passam, e nem queira castigo, pois que Deus não castiga ninguém, apenas a Lei Natural corrige...
              1 abração

            • Anny

              Essa mensagem que passou sobre o bem que deixamos de fazer é um bom tema para refletir. De fato, a não paramos para pensar sobre isso, mas com certeza teremos que responder isso também. Parabéns, pelo belo poema! Uma boa noite, muita inspiração!!

              • Nelson de Medeiros

                Boa tarde minha amiga Anny.
                Sempre presente em minha escriva o que me deixa sempre muito feliz e incentivado. Tuas paalavras ficam sempre grafadas em minha mente.

                1 ab



              Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.