CORTEJO
Se existisse acaso seria acaso a escolta
Que vi na tarde gris, de tristeza coberta...
Ao campo santo, por serenidade envolta,
Seguia o cortejo pela rua deserta...
Estranha sensação de uma certeza incerta,
Encheu Minh! Alma dum vazio sem revolta;
E me esquecendo o compromisso de hora certa,
Por força invencível parei, dei meia volta...
Seguindo o funeral a dor minha alma inunda,
Ao saber que o corpo inerte ali escoltado
Era do amigo que na dor me deu guarida!
Pensei: Qual sensação seria a mais profunda...
A minha? De inda estar no mundo acasulado,
Ou a dele, que ia livre para a vida?
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 2 de novembro de 2021 00:59
- Comentário do autor sobre o poema: Soneto feito para o querido amigo Arcy Moulais Lima ( Cici) que nos deixou muito cedo. Companheiro fiel de tantas lutas . Dono de uma voz possante conduzia nossas serestas pelas rua nas madrugadas. Uma lembrança constante.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 39
Comentários4
A emoção toma conta ao ler teu soneto, nobre Poeta! um misto de tristeza e saudade de amigos, iguais o seu, partiram e cá estamos nós, sem saber bem a que! Parabéns Poeta!!! um abraço.
Boa noite poeta.
Obrigado mesmo por participar desta emoção que atinge todos nós.
1 ab
Lindo e perfeito poema...
Boa noite poeta.
Obrigado mimha amiga. Sempre nos dando força para seguir...
1 ab
Sua especial homenagem transborda emoção e sentimento.
Que lindo!
Abraço
Boa noite poeta.
De verdade, pois foi ele sempre o meu melhor amigo.
Abraço
Emocionante poema , parabéns poeta ,assim é a saudade de nossos amigos tão queridos que partiram
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