Não vou voltar à terra onde nasci.
De lá tenho notícias que me ferem
O coração saudoso, e decidi
Ficar com as lembranças que se aderem
À minha doce infância. Pois ouvi
Os rios, flora, fauna a perecerem
Pelo agronegócio e assim de aqui
Minhas lembranças levo a se reverem.
E, na memória, eu sinto que é real
Só aquilo que por mim fora vivido:
Não quero destruir o germinal
Dos meus primeiros dias co’ a infância...
E o que o progresso tem por consumido
Não vejo: e fica nula a circunstância.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de outubro de 2021 18:47
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 83
Comentários7
Bravo! De uma sensíbilidade ímpar. Como diz a poeta, Maria Vitória Dorta: Chapéu!!!
Abraços ao mestre, Maximiliano Skol.
Meu prezado Shmuel, quão valorosa é a sua presença!! Tiro o chapéu pela sua capacidade de ter constante atuação ” no meu lado poético “
Muito obrigado.
Um forte abraço,
Que lindo Max. Vc demora aparecer, mas qdo vem postar seus poemas, vem sempre com algum encanto.
A música é linda demais. Não se fazem mais músicas como antigamente. Agnaldo Timóteo além de cantar bem, tinha uma linda voz. Teu poema é maravilhoso e a música abrilhantou.
Ah, só pra constar eu estou de volta a minha terra Natal desde 2014. Só não encontrei as mesmas coisas que deixei. Mas senti alegria de voltar.
Querida amiga Maiza, gostaria de ter alegria de voltar à minha terra, da qual estou ausente desde 1949. É- me impossível ter a satisfação de revê- lá: não me pertence mais.
Um beijo.
Bom dia poeta
Mestre dos sonetos. Nenhum reparo. Perfeito tudo .
1 ab
Prezado Nelson, o seu juízo crítico sobre este soneto é de imenso valor para mim.
Um abração.
Ah... Como gosto dos teus sonetos!!
Sou amante do estilo, e sempre fico encantada ao ler-te, poeta Maximiliano!
Feliz tarde, meu abraço!
Querida Edla, não tenho o dom de ‘colibri,’ então me apego ao soneto. Foi assim desde a minha primeira tentativa de escrever versos, em 2019, quando fui estimulado pelo Marcos Gimenes Salun, editor.
Muito obrigado pelo comentário.
Um beijo.
Poeta e amigo Max, ante ontem estive visitando um lugar de onde tinha muita saudade. Fui para lá, claro, querendo "encontrar as mesmas coisas que eu deixei". Mas, qual nada, 20% talvez, foi o que consegui rever. O local completamente mudado. Os amigos que revi disseram que viviam falando de mim e minha família, e não acreditavam que ainda fossem nos rever. Isso foi maravilhoso. Alguns já partiram deste mundo. Um outro tentou se recordar de mim e das lembranças que tentei reavivar na mente dele...mas, nada! Ainda que contei em detalhes onde era a casa dele e que ele me acusava de matar suas galinhas KKKk. Que maravilhoso voltar. Um pouco em corpo, o restante em lembranças e muita saudade. Parabéns poeta, por seu poema. Boa noite e um forte abraço.
Prezado Elfrans, que bom receber o seu comentário e sobre um tema que lhe ofereceu, de alguma maneira, uma feliz experiência..
Muito obrigado.
Um forte abraço.
Mais um belo poema,com algum ressabio da degradação que só o animal homem consegue fazer e até as lembranças ficam comprometidas. Aplausos,Max!
Que delícia ter a oportunidade de apreciar tão lindo soneto.
Um grande abraço
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