PERFUME DA ILUSÃO
Adentro-me agora na velha Matriz
Onde fiz meu primeiro juramento;
Os nichos e as imagens no momento
Reabrem-me n!alma velha cicatriz!
Então, todo antigo trajeto eu refiz...
Da manhã à noite do sacramento;
Pensava, então, que o nobre sentimento
Fosse prá todo o sempre a força motriz!
Ledo engano, o tempo, senhor da vida,
Recolhe a melhor quimera escondida
Dentro do cofre de um coração!
Pouco restou... Nem odor de saudade...
Pois, do amor que pensava eternidade,
Só o perfume de sua ilusão!
Nelson de Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 8 de outubro de 2021 09:13
- Comentário do autor sobre o poema: Sem comentários
- Categoria: Triste
- Visualizações: 45
Comentários7
Nossa! Revivi uma cena parecida!
Bom dia amigo! Belo poema!
Nelson, muito bonito!
O perfume da ilusão muitas vezes nos traz aquela sensação de... desilusão.
Abraço, meu amigo
Lindo Poema !
Um abraço!
Boa tarde, poeta.
Cada poema seu é uma linda viagem.
Grata por partilhar tão ricos versos.
E sempre nos oferece um lindo fundo musical, ouço com atenção.
Tenha uma linda tarde, meu abraço.
Belíssimo!
Sua história se repete, e se repete, mas a sua interpretação é única.
Parabéns!
grande abraço
Tudo passa, prezado Nelson, como foi bem expresso no seu lindo poema. “ Las ilusiones perdidas son hojas, desprendidas del árbol del corazón”, como me ensinou meu professor de espanhol.
Um abraço.
" tout passe. Tout casse
Tout lasse
Tout se remplace"
E isso está bem expresso,e com a maestria de sempre,neste teu exemplar poema.Chapeau bas,!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.