CANTOS DE SEREIA
Mais uma vez te ouço e avidamente
Tento interpretar teus cálidos versos!
Soam cheios de amor, incontroversos,
E neles o bardo pensa somente!
Mas, o hierofonte que lhe habita a mente
Sussurra-lhe que eles são controversos,
Não tem alma, são frios, são perversos...
Cantos de sereia, literalmente!
Ah! Linha fina cinde o céu do inferno!
Será este um canto inocente e terno
Ou será engenhosa enganação?
É premente usar o tino, o bom senso!
Mas, como se a paixão é um contrassenso
E trespassa o entendimento e a razão?
Nelson de Medeiros
C.Itapemirim(ES) 23/09/2021
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Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline) - Publicado: 24 de setembro de 2021 11:06
- Comentário do autor sobre o poema: Cachoeiro, 23/09/2021. 23,40 hs. Só. Lendo versos antigos.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 39
Offline)
Comentários5
Belo soneto !
do mestre aos aprendizes como eu , parabéns , abraço Nelson.
Maravilhoso seu soneto. Sereias nunca foram sonhos apenas de marinheiros, mas de homens do mundo inteiro. Parabéns meu caro poeta...
Boa tarde, poeta Nelson.
Sem dizer mais nada :
"Mas, como se a paixão é um contrassenso
E trespassa o entendimento e a razão?"
Não se explica, nem mesmo em versos...
Tenha um abençoado fim de semana, meu abraço!
Belíssimo poema! Encantada! Não há razão... apenas emoção!
Não há bom senso, prezado Medeiros, quando “ o coração tem razões que a própria razão desconhece.” Além de perfeito o seu soneto.
Um abração.
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